Caxito, 12 Dezembro
13
Abel Chivukuvuku interpela vendedora de pão (estrada principal) |
Abel Chivukuvuku
surpreendeu os habitantes do Bengo quando fez-se nesta quinta-feira á rua e
andou pelos becos dos bairros de
Caxito.
O sol punha-se no
horizonte da terra dos jacarés, quando Chivukuvuku convidou a plateia que o
acompanhasse para um passeio pela cidade.
O líder da mudança
quis mergulhar no labirinto do final do dia dos residentes de Caxito.
Num dos momentos do percurso da caminhada, aqui com Francisco Viena, membro do Executivo da CASA-CE |
Não deu tempo
para cobrir a totalidade da “vila”
poeirenta, que dista algumas poucas dezenas de quilómetros da cidade capital da
República de Angola, “vila” de
ruas de terra batida, situação que reflecte desmente a propaganda do país
fantástico de desenvolvimento do país.
Na verdade Caxito,
não passa do prolongamento do crescente poder feudal, com o umbigo no palácio da cidade Alta.
De fornecimento de electricidade
mais regular do que na cidade de
Luanda, como se gabaram alguns residentes contactados pela nossa reportagem, embora os trabalhos da reunião da CASA-CE tivessem sido
agraciados com inesperados
apagões, é a cozinha á carvão e á
lenha presente nos passeios, assim como o comercio de rua sobre bancas
improvisadas, que fazem a divisa real afrontando a propaganda do Executivo de
Eduardo dos Santos.
Na província do
Bengo, nem Catete (60 quilómetros nordeste) a terra natal de Agostinho Neto, a
quem se atribui a paternidade da nação angolana, (como se ela existisse
consolidada) por haver proclamado a independência, em meio do ribombar dos
canhões da discórdia inter-movimentos de libertação, tira usufruto do capital político
que devia ter, e nem a proximidade da capital de Angola é vantagem de
viabilidade do investimento.
Chivukuvuku conversa com comerciante, nas imediações do mercado informal |
Foi para perceber
como anda a vida deste povo acolhedor que Abel Chivukuvuku andou pelas ruas de
Caxito.
Pelas ruas de Caxito, capital da província do Bengo |
Fonte: CASA-CE
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