Bandeira da CASA-CE |
Declaraçao
Política pelo dia de Africa
Africa, continente berço da
humanidade celebra 51 anos desde que foi constituída a sua maior organização -
a OUA, hoje transformada em União Africana - UA.
Esta organização, decisiva
para o continente no contexto internacional, firmou-se na auto-determinaçao dos
povos, libertando os africanos da longa noite colonial, na altura subjugados
pelas potencias coloniais europeias.
Dezenas de anos passados
depois das independências conquistadas, os africanos dum modo geral, ainda não
atingiram os objectivos pelos
quais se inspiraram os líderes, aquando da criaçao da OUA á 25 de Maio de 1963,
nomeadamente, o bem estar dos cidadãos, a transparência e boa governação, a democracia
efectiva, a cooperação, a integração, enfim, uma Africa livre, justa e
solidária.
Por esta razão, a CASA-CE
deplora a atual situação que é vivida como resultado do abandono do sentimento
pana-africanista por parte dos seus líderes, os retrocessos que Africa conhece plano
social e das liberdades fundamentais, da falta de convicção democrática dos
dirigentes, a perpetuação no poder
por parte de certos líderes e
grupos dominantes, e a má gestão dos recursos naturais.
Um quadro assim instaurado,
que é gerador de instabilidade política e militar, e com ela, o aumento do
número de refugiados, a agudização da pobreza, das doenças incuráveis, o
encerramento de fronteiras e demais males que assolam o continente berço, hoje
sob commando dos seus próprios filhos.
A transformação da OUA em União
Africana foi apenas uma transformação nominal, porquanto, a inexistência de
critérios claros e justos para se ser membro da União Africana á semelhança da
União Europeia, mantendo-se como o somatório de membros de diferentes estirpes
políticas que não conseguem reunir consenso em torno de ideais para a solução
de questões de fundo que açoitam o continente e os africanos.
Nesta ocasião em que se
celebra mais um aniversário da criação desta histórica organização, a CASA-CE
aproveita o ensejo para apelar as instituições, os líderes africanos e todas as
pessoas de bem, a incorporar nas suas prioridades, acções credíveis e
imparciais que conduzam a efectivação da democracia verdadeira.
A CASA-CE, insta para a
renovação da União Africana onde, em homenagem aos panafricanistas fundadores, se
excluam os Estados dirigidos por líderes despotas, sem convicção democrática, cujos paises
impera a ditadura camuflada, corrupção, injustiça social e o nepotismo.
Por fim, a CASA-CE conclama
os Africanos, a renderem homenagem aos grandes líderes africanos que se bateram
pela independência do continente e a auto-determinação dos povos, destacando as
figuras como Nkuame Nkrumah,
Leopold Sedar Sengor, Hamed Secuturé e Imperador Salassier.
Viva a Africa
Luanda, 24 de Maio de 2014
A CASA-CE,
Convergência Ampla de Salavação de Angola