O Conselho
Presidencial da CASA-CE, manifestou hoje a sua preocupação, com o retorno ao
discurso de incriminação, que está sendo proferido por certos actores
políticos da praça angolana nos dias de hoje.
As mais recentes intervenções havidas na
Assembleia Nacional durante o debate sobre Reconciliação Nacional, numa iniciativa da
organização política, ficaram marcadas por este tom de discurso.
O balanço da CASA-CE sobre o debate da Assembleia
foi apresentado nesta quinta-feira em conferencia de imprensa, durante a qual a
coligação procurou explicar o propósito da iniciativa parlamentar. “A CASA-CE” disse Lindo Tito, “pretendeu
que o Parlamento discutisse o assunto em epígrafe, com a profundidade exigida e
se adoptasse uma resolução consensual...e, indique as soluções para a genuína
Reconciliação e Unidade Nacional”.
A organização
liderada por Abel Chivukuvuku deplorou contudo a pretensão de desvirtuar o
espírito do debate, através do recurso ao discurso sobre o passado, apesar de terem sido registadas contribuições positivas.
A coligação recorda o
carácter inútil do discurso de recriminação e diz, citamos, “...a grandeza de um povo reside na sua
capacidade de enterrar os aspectos negativos ...”
“É inútil pretender-se transportar sobre os ombros um fardo que periga a
nossa Reconciliação no presente e que por arrasto possa perigosamente, ser
transferido para as futuras gerações...” lê-se no documento fonte.
Um apelo foi endereçado
ao presidente da Assembleia, no sentido de que ele seja mais imparcial na condução dos trabalhos.
A CASA-CE, reiterou por outro lado, a necessidade da institucionalização dum “órgão suprapartidário, independente do poder Executivo...” de promoção da Reconciliação Nacional. O órgão que segundo a organização, deveria ser integrado por figuras idóneas da sociedade civil.
A CASA-CE, reiterou por outro lado, a necessidade da institucionalização dum “órgão suprapartidário, independente do poder Executivo...” de promoção da Reconciliação Nacional. O órgão que segundo a organização, deveria ser integrado por figuras idóneas da sociedade civil.
Dirigentes da CASA-CE, no decurso da conferência de imprensa hoje quinta-feira |
“O passado... condiciona de forma determinante o presente e o futuro do
país. Ou aceitamos ultrapassar o passado e formulamos as novas base para a
construção do futuro, ou então temos de clarificar o passado, para que este não
hipoteque o futuro...” lê-se no documento que finaliza com o anúncio da
realização da reunião do Conselho Deliberativo Nacional e o Congresso da MPA-Mulher
Patriótica, no próximo mês de Abril.