A informação foi avançada pelos brigadistas do MPLA, que foram destacados
em todas as artérias do Camucuio, no mesmo dia (quinta-feira) em que chegaria a localidade, o presidente da CASA-CE.
Elementos da JMPLA e da OMA foram deslocados da sede Namibe, para ocuparem todos os cantos da vila, nomeadamente praça, mercado, ruas. O hospital municipal foi evacuado de tal sorte que durante a visita efectuada não foi encontrado nenhum doente. Os professores foram dispensados das actividades laborais, para participarem da campanha sobre o ébola. O mesmo cenário viveram os alunos e demais residentes que foram advertidos a não saírem as ruas enquanto decorresse a campanha sobre o ébola, que chegara aquele município segundo os promotores do partido no poder.
De acordo com as declarações de muitos dos participantes da
Brigada não satisfeitos e que manfestaram descontentamento, por não
compreenderem o porquê que, ao mesmo tempo que lhes foi dado o alerta, portanto
na mesma manhã, tomaram logo essas medidas, que no seu ver eram despidas de
senso. As mamãs e jovens fardaram-se com as camisolas, lenços, chapéus do partido no poder e quadricularam todo o sítio provável de passagem de Chivukuvuku.
A população do Camucuio ficou agitada, a praça abandonada e
as ruas desertas.
Logo que a Caravana da CASA-CE chegou, começaram a surgir
pessoas que pareciam até ali estarem escondidas com o vermelho, preto e
amarelo, como atestam as imagens em evidência, e a forçarem cruzar-se
provocatoriamente com os membros da delegação do Presidente Abel, como se pode
ver nas imagens, sempre com a testemunha dos jornalistas, tanto da ANGOP, da
Rádio Local, ou da TPA Namibe que cobrem a digressão, bem como a força policial
de escolta.
“O Ebola chegou ao Camucuio”, foi o grito de guerra. Os activistas bem enquadrados, uns faziam-se transportar por uma viatura
Toyota de cor vermelha, com matricula LD-33-45-FI. Os populares fugiam com
medo. O que chamou a atenção da grande farsa foi que os ditos brigadistas não eram portadores nem luvas, nem máscaras e ao invés de sensibilizarem os populares para
as medidas de precaução como seria óbvio, intimidavam todo aquele que tentasse aproximar-se do militante da CASA-CE.
Se realmente esta triste e irresponsável encenação nao tiver nada que ver com o virus do Ebola como se pretendeu fazer crer, e se o objectivo era no fundo o de afugentar as pessoas para não receberem Chivukuvuku, o resultado de tudo foi a instauração ao nível dos municípios um estado de terror; ou melhor um autêntico
terrorismo de Estado.
Este clima de intolerância, praticamente foi também vivido
na Bibala, situação de que nos vamos referir nos próximos trabalhos. Outros
dados indicam que estas operações foram coordenadas pelos administradores, ao
mesmo tempo primeiros secretários do MPLA, de seus nomes: João Guerra,
Secretário Municipal do Namibe, Mário Tchova, administrador adjunto da Bibala,
e José Sombo, Administrador do Camucuio.
De resto, as imagens em apoio falam por si.
Fonte: Félix Miranda
Activistas da CASA-CE ... |
Activistas do partido no poder tomaram de assalto as ruas do município sede . |
Activista do partido no poder no mercado do Camucuio, em campanha contra a ébola... |
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