DECLARAÇÃO POLITICA
Povo
angolano;
Angola, nosso país, torrão mais sagrado, húmus do nosso
ventre, comemora, neste 11 de Novembro, trinta e nove anos de Independência
Nacional.
Angola, na
grandeza do seu mosaico humano e cultural, obriga a cada um e a todos, a
profunda reflexão sobre o sentimento do pátrio, de certeza e convicção da
identidade angolana-africana,
assente nos pressupostos da
liberdade, do bem de todos, na
Pátria do nosso nascimento
comum.
Chegados à epopeia dos 39 anos de Independência,
resultantes do esforço colectivo dos que nos precederam na história, e de nós próprios, com influencia externa ou
não, a CASA-CE entende ter chegado o momento de reflectirmos com profundidade, sobre a trajectória das nossas opções,
sem buscar culpados.
Importa, sem tibiezas, analisar se o
sonho dos nossos antepassados foi alcançado na plenitude ou, se pelo contrário,
nós, os continuadores da Pátria, pretendemos, simplesmente, substituir o regime
colonial.
Para a CASA-CE, a Independência Nacional deve reflectir o
tributo de todos os que deram o melhor de si, para a sua conquista,
independentemente das cores político-partidárias, confissão religiosa, local de
nascimento, identidade etnolinguística, cultural, tendo em atenção a nossa
idiossincrasia.
Saibamos carrear o presente e salvaguardar o futuro, com
honras aos que merecem, pelo seu papel no que representa hoje o 11 de Novembro.
Que este não seja apenas um momento de convívio, de feriado, fanfarras
desgarradas, mas, um momento em que a nossa angolanidade se afirme.
Importa
construir uma Angola inclusiva, de todos e para todos, não mais uma Angola de
serviçais e senhores detentores do poder, pois o poder ao Povo pertence.
Construir Angola implica honrar o legado dos próceres da
nossa história, como
Álvaro Holden Roberto, arauto da luta armada de libertação
de Angola, com o legado “LIBERDADE E
TERRA”;
António Agostinho Neto, que proclamou a Independência de Angola,
que todos os anos comemoramos, nesta mesma data, a quem devemos o legado de que
“O MAIS IMPORTANTE É RESOLVER OS
PROBLEMAS DO POVO”, e
Jonas Malheiro Savimbi, promotor da democracia ainda
formal e apenas representativa, com o legado de “1º O ANGOLANO, 2º O ANGOLANO, 3º O ANGOLANO, O ANGOLANO SEMPRE”.
A CASA-CE entende que no respeito pelos feitos de todos,
sem primazias de uns contra outros, Angola estará redimida das feridas no seu
tecido social, e, pronta actuar, no concerto das Nações, como parceira
importante.
Valorizados na nossa identidade, seremos mais fortes,
porque teremos Angola e os angolanos no epicentro dos nossos interesses
colectivos e, pulsaremos Angola como o mais importante para todos, para além
das convicções político- partidárias, porque sentiremos sem sofismas que “com Angola somos e seremos tudo, sem
Angola, seremos eternamente nada”.
Nesta conformidade, a CASA-CE, saúda efusivamente o Povo
angolano de Cabinda ao Cunene, do litoral ao leste, em especial aos bravos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria,
pela ousadia, coragem, persistência e tenacidade demonstradas na luta pela
nossa Independência, e exorta a todos os angolanos, a manter a mesma firmeza,
na preservação da Paz, na luta pelas liberdades fundamentais, para o exercício
pleno da cidadania, com vista à construção efectiva do Estado Democrático de Direito, em que, todos se revejam, porque
alicerçados nos pressupostos da Constituição e da Lei e não mais, na vontade de
alguns que se pretendem acima de tudo e de todos.
A independência nacional que temos a honra de comemorar,
nunca foi, não é, nunca será, apanágio de um partido político, mas a expressão
profunda do sentimento generalizado do nacionalismo angolano, assente nas
ideias da realização da dignidade da pessoa humana, no nosso berço comum, Angola.
A CASA-CE, almeja festejar hoje, agora e sempre, um 11 de
Novembro, que tenha no angolano, o factor fundamental na concretização efectiva
dos anseios e expectativas de todos, assentes nos pressupostos da Justiça, da
Solidariedade e do Amor ao próximo, com vista ao desenvolvimento sustentado e
integral, que ponha termo às vergonhosas assimetrias regionais, acentuadas
pelas opções políticas que nos têm conduzido à desgraça, em benefício de uma
minoria que se alvora ao novo-riquismo sem limites. Sejam bem vindos os ricos,
mas alcandorados no trabalho sério e honesto e não, os delapidadores do erário
comum.
Num momento em que as más opções políticas, têm conduzido
a que a economia de Angola se situe num perfeito enclave petrolífero, descurando
a grandeza dos sectores agro-pecuário, de prestação de serviços, turismo e
indústria, fundamentalmente a transformadora, nos têm conduzido a uma situação
tal, que a recessão económica ainda não quantificada (que irá afectar
sobremaneira os maioritariamente pobres), se avizinha inexoravelmente. Imperioso
se torna que quem nos representa, saia do pedestal em que se encontra
(de que é o detentor do conhecimento e da verdade absoluta), para partilhar
mais e ouvir um pouco, os parceiros sociais e aqueles que erradamente entende
serem os seus inimigos preferenciais.
TODOS
POR ANGOLA-UMA ANGOLA PARA TODOS
Luanda, aos 11 de Novembro de 2014.
O
CONSELHO PRESIDENCIAL
0 comentários:
Enviar um comentário