Chivukuvuku e filho de histórico
do MPLA lideram lista de novo partido às eleições
Abel Chivukuvuku anunciando a composição dos cabeças de lista, hoje ... |
O antigo delfim de Jonas Savimbi e um dos filhos de Mendes
de Carvalho, histórico nacionalista do MPLA, encabeçam a lista da Convergência
Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) às eleições gerais de 31 de agosto em
Angola.
O anúncio foi feito por Abel Chivukuvku, antigo delfim de
Jonas Savimbi e presidente da CASA-CE, formação partidária recentemente
constituída que pretende constituir a terceira via face aos partidos históricos
MPLA e UNITA.
A Constituição angolana determina que "é eleito
Presidente da República o cabeça de lista, pelo círculo nacional, do partido
político ou coligação de partidos políticos mais votado no quadro das eleições
gerais", cabendo ao número dois da lista a nomeação para Vice-Presidente
da República.
Depois de Abel Chivukuvuku, a coligação eleitoral CASA-CE
apresenta como número dois o almirante André Gaspar Mendes de Carvalho,
prestigiado oficial general angolano que já requereu a passagem à reforma para
poder assumir a vida política ativa.
O nacionalista Mendes de Carvalho, pai do candidato da
CASA-CE à vice-Presidência da República, foi deputado do MPLA e dedicou-se à
escrita, tendo publicado diversas obras sob o nome de Uanhenga Xitu.
Na cerimónia de anúncio dos dois primeiros nomes da lista
da CASA-CE candidata pelo círculo nacional, Abel Chivukuvuku adiantou que os
demais cabeças de lista, das 18 províncias de Angola, serão divulgados
segunda-feira, quando forem entregues no Tribunal Constitucional os respetivos
processos de candidatura.
Após a deposição dos processos de candidatura, a CASA-CE
anunciará em conferência de imprensa o programa de ação para as eleições gerais
de 31 de agosto.
Todavia, o líder da CASA-CE revelou já dois nomes, os dos
jornalistas José Lelo, que será o número um na lista pela província de Cabinda,
e William Tonet, que encabeçará a lista por Luanda.
Pormenor da plateia durante a conferencia de imprensa |
José Lelo, antigo correspondente da Voz da América na
província de Cabinda, foi condenado em 2008 a 12 anos de prisão por prática de crime
contra a segurança do Estado e instigação à rebelião armada no enclave.
William Tonet, que é também advogado, dirige o Folha 8, a mais antiga publicação da
imprensa escrita privada em Angola e que se destaca na cobertura noticiosa
satírica, por vezes contundente, da realidade social e política angolana.
Tonet foi condenado em outubro do ano passado a um ano de
prisão, convertida numa indemnização de cem mil dólares (quase 73 mil euros),
pelos crimes de "injúria, calúnia e difamação", por causa da
publicação no jornal de que é diretor de artigos sobre responsáveis do Estado
angolano.
Na altura, foi organizada uma campanha de solidariedade,
que rendeu mais de 71 mil dólares, valor aquém do exigido pelo tribunal.
William Tonet recorreu desta decisão para o Supremo
Tribunal e ainda aguarda uma decisão.
EL.
Lusa/Fim
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