Abel Chivukuvuku quando falava no encerramento do conclave da CASA |
Digníssimos Membros do Colégio
Presidencial da CASA -
Convergência Ampla de Salvação de
Angola.
Caros Dirigentes desta CASA de todos os angolanos;
Prezados Delegados a este histórico
Conclave Constitutivo da CASA.
Estimados Convidados;
Digníssimos Jornalistas;
Minhas Senhoras, Meus Senhores.
Em nome do Colégio Presidencial da
CASA, e em meu nome pessoal, saúdo fraternalmente a todos os presentes, neste magno evento, em particular aos delegados vindos dos quatro
cantos do nosso imenso País e do exterior, desejando - lhes boas vindas. Sejam bem vindos, meus irmãos.
Agradeço o vosso voto de confiança no Colégio Presidencial. Assumimos perante
vós, o compromisso de tudo fazermos para
corresponder a Vossa confiança e levarmos a CASA aos mais altos patamares da
vida pública nacional.
Queremos, antes de mais, transmitir
a nossa expressão de profunda gratidão, pelo voluntarismo e dedicação
demonstrados pelos membros da comissão de organização deste
evento e todos os que contribuíram para a sua realização. Simultaneamente,
exprimo o nosso pedido de desculpas, aos
delegados e aos convidados, por
eventuais falhas que possam ter ocorrido
ao longo destes dois dias.
Permitam-me, uma palavra de especial
agradecimento e reconhecimento, pelo papel desempenhado pelos senhores
Vice-presidentes da Casa; pelo papel desempenhado pelos vários membros fundadores
da CASA aqui presentes; pelo papel
também desempenhado por várias
personalidades deste nosso País, de várias vertentes partidárias e não partidárias, que apesar do seu empenho, não são ou ainda
não são membros da CASA, mas que
foram em graus diferenciados, cruciais para
o surgimento da nossa CASA. Agradeço tudo o que fizeram para estarmos juntos aqui hoje. Foi um longo
período de reflexões, dúvidas, incertezas, hesitações, desalentos,
encorajamentos, pressões, e até ameaças.
Enfim, foi tudo isso, mas no fim venceu a razão, venceu
a determinação, venceu a vontade de servirmos o nosso País.
A CASA, é indubitavelmente um projecto amplo,
aberto e colectivo que resultou de consensos de vária ordem e por isso a CASA é
ideologicamente um projecto do centro. A CASA, congrega personalidades
angolanas a volta de consensos que não implicam a abdicação de opções
filosófico – ideológicas anteriores, por parte dos seus componentes. A CASA, é o projecto nacional do momento, e
preparado para os desafios da etapa actual e tempos futuros.
Excelências,
Terminamos o Conclave constitutivo da CASA, depois de profundos e calorosos
debates, desenvolvidos de forma cívica e
construtiva. Só colhe quem semeia. Assim, lançamos neste evento a semente da
esperança, a semente da fé, a semente da mudança para um futuro melhor para o
nosso País. A história ensina – nos,
que nem sempre os actores de processos políticos relevantes, lograram o reconhecimento, no seu tempo, sobre a real dimensão e alcance das suas obras. Consideramos que demos, hoje,
aqui, um grande passo em frente. São nossos juízes, o presente, mas sobretudo o
futuro e as gerações vindouras.
Angolanas e Angolanos.
Meus Concidadãos. Minhas Senhoras e
meus senhores.
Abel Chivukuvuku, num dos momentos de intervenção. |
No dia 14 de Março deste ano, anunciamos
a CASA, um farol, e uma nova esperança, para Angola e para os angolanos. A nossa CASA comum, é um recanto de liberdade, de abertura, e de inclusão onde todos, e cada um podem
encontrar espaço de reflexão, de acção, e de realização.
Simultaneamente, lançamos um desafio e um apelo á todos os angolanos,
no sentido de fazermos de 2012, um ano
histórico de viragem, para um futuro melhor para todos os angolanos. Relembro hoje este desafio, este apelo, este
chamamento, particularmente direccionado
a juventude do nosso País. Chegou a hora para a nossa Determinar
a viragem.
Viragem, para um verdadeiro ambiente de vivência democrática
, onde a legitimidade e o primado da Lei sejam uma realidade.
Viragem, para a implementação de um
modelo de governação patriótico, que assegure a justiça social, e resolva os problemas
essenciais e básicos do angolano, constituindo,, isso sim, a razão fundamental
da governação.
Viragem, para uma atitude e postura
de luta credíveis de luta contra a
corrupção, contra os desvios do
erário público e contra o nepotismo. Nos últimos tempos temos todos
testemunhado sinais preocupantes de total usurpação do que é de todos por uns
poucos. Não é aceitável que o fundo petrolífero, que é de todos os angolanos se
transforme em conta corrente destes. Sejam eles quais forem.
A sala, viveu com euforia a mensagem do presidente da Coligação |
Viragem, para a responsabilização, a
todos os níveis da vida pública nacional para o fim da impunidade.
Viragem, para um futuro de efectiva reconciliação, irmandade,
diversidade na unidade e solidariedade activa.
Viragem, para uma governação
visionária, moderna, competente, humanizada e honesta, onde a qualidade de vida
do cidadão angolano seja o factor de avaliação do progresso e do
desenvolvimento.
Viragem!
É a mensagem positiva que a CASA propõe aos angolanos, como compromisso nacional a materializar nas eleições deste ano. É a mudança que a CASA propõe para terminarmos, serena, pacífica e ordeiramente, os 32 anos de
poder ininterrupto e nunca eleito. O
actual Presidente da República, que
respeitamos, já cumpriu o seu papel. Chegou a hora de passar o leme. Saber sair
no momento apropriado, com elevação e dignidade, nunca será uma fraqueza mas sim uma virtude.
Façamos de 2012,
um novo marco histórico de
Angola, a juntar aos outros, como o 11
de Novembro de 1975, data da proclamação da independência nacional; o dia 31 de
Maio de 1991, que representou o advento do pluralismo político e da democracia,
assim como o dia 4 de Abril de 2002, que representou o renascer de Angola com a
Paz arduamente alcançada.
Os angolanos pouco exigem dos seus
governantes. Querem poder circular e dormir sem o constante medo de serem
violentados. Querem que seus filhos tenham lugar nas escolas sem terem de pagar
o que a partida é gratuito. Querem acesso a um sistema de saúde que resolva, de
forma eficaz, os seus problemas de saúde. Querem emprego com salário compatível
com o custo de vida. Querem humanismo na abordagem da difícil situação
habitacional, sem demolições arbitrarias e sem violência. Não serem espancados
por exercerem os seus direitos cívicos de cidadania. Não serem negativamente
adjectivados em função do seu local de nascimento ou de origem.
Não seremos nós próprios capazes de
resolver estas e outras questões prementes? Eu acredito que somos.
No contexto das relações
internacionais, a viragem proposta pela CASA, terá como pressupostos
definidores das relações de Angola com os outros países, a defesa da dignidade
e doa interesses vitais de Angola, consubstanciados por princípios de
reciprocidade e de convivência pacífica.
Caros compatriotas, camaradas,
maninhos, irmãos, companheiros.
Estamos hoje, aqui reunidos, nesta
cidade de Luanda, tão dinâmica, tão desigual e com a maioria dos bairros tão negligenciados, imbuídos de imensa e inabalável fé, impregnados de uma esperança renascida, sentido
de missão, mas sobretudo com muita convicção, de sermos artífices da mudança em
Angola. É uma responsabilidade que recai
sobre todos nós, neste momento impar da nossa história. É
dever de todos os angolanos, participar, cada um a sua maneira mas com
responsabilidade assumida, neste grandioso e sagrado esforço nacional para a
mudança, de forma positiva, tranquila e sem revanchismos. Ninguém fará a mudança em nosso lugar ou em nosso nome. Só nós próprios a poderemos realizar.
Angolanas e Angolanos, estejamos
decididos e dedicados a esta causa que é
a nossa Angola. E á melhor via para a sua materialização, a CASA
Depois de dois dias de intenso trabalho, de
concertações, de diálogo, de
convivência, e de partilha, vamos sair daqui com uma certeza. A nossa CASA, representa hoje em Angola, a
esperança de um futuro melhor.
Terminamos este Conclave
Constitutivo da CASA, com a certeza inabalável
de que Angola terá neste ano de 2012 um novo governo. Governo de
natureza patriótica e que resultará da livre escolha dos angolanos nas eleições
que se aproximam. Tudo depende da qualidade da nossa prestação política que tem
que corresponder ás actuais expectativas
do cidadão eleitor. O governo a formar pela CASA em 2012, terá como critério básico a cidadania, competência e honestidade. Isto é,
um governo do povo, pelo povo e para o povo.
Angolanas e angolanos. Filhos desta
terra angolana.
As convicções, as certezas, as esperanças
e a fé que nos animam neste momento, terão que ser tornadas
realidade pelo trabalho enérgico que vamos desenvolver a partir deste
momento. Pelo empenho e dedicação de
cada um de nós. Pelo espírito e a mais valia que representa o trabalho
colectivo, associado a adopção do principio da responsabilidade individual e
colectiva.
Nesta caminhada, que ninguém se deixe iludir ou levar pela
euforia fugaz do sucesso momentâneo,
mesmo se merecido. Mas também, ninguém deve sucumbir á frustração ou ao desalento das horas difíceis, que obviamente nos esperam.
O sentimento do dever para com o
nosso País e para com os nossos concidadãos, seja a âncora, a base da nossa sustentação e a razão
da nossa fé inquebrantável.
O tempo que temos pela frente, para
tão árdua tarefa é curto. Mas, a nós, não nos deve preocupar o tempo que temos disponível, mas sim o que fazemos com ele. O tempo vale
por aquilo que se faz com o tempo. Se o utilizarmos judiciosamente, se cada
momento for valorizado com acções concretas, bem executadas, com balanços realistas, então, teremos tempo para
transformar as nossas convicções em realidade e o futuro estará ao nosso
alcance. Porque, com DEUS, nós tudo podemos.
Caros camaradas, meus irmãos,
senhoras e senhores.
Não posso deixar de aproveitar esta
ocasião, para alertar o facto de sua excelência o Senhor presidente da
república já estar em campanha eleitoral, antes mesmo de ter convocado as
eleições, usando meios e fundos públicos nessa campanha, em contravenção a lei,
e em prejuízo das forças politicas da
oposição que não receberam ainda as verbas para as suas campanhas eleitorais.
Isso é imoral e injusto.
É necessário que se passe a exigir
que sua excelência o senhor engenheiro Eduardo dos Santos esclareça, de cada
vez que se desloca as províncias, em que condição o faz. De presidente da
república ou de presidente do seu partido. Se é nesta ultima condição, não deve
usar fundos e meios do Estado porque é
ilegal. Se o faz como presidente da república, deve abster-se dos discursos
partidários de campanha do seu partido.
Por outro lado, queremos
associar-nos aos demais partidos da oposição, na condenação, e recusa em
aceitar a Dr. Suzana Inglês como presidente da CNE, porque não reuniu as
condições necessárias para a sua elegibilidade. Ela, ou é juíza, ou é advogada.
Não pode ser simultaneamente as duas coisas. E se como dizem, suspendeu a sua
condição de juíza, para exercer advocacia, enquanto suspensa, não é, de facto,
juíza e portanto não é elegível para presidente da CNE. E tudo deve ser feito para reverter essa
situação.
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Chegou a hora, meus irmãos.
Levantai-vos. Ide ao encontro dos nossos concidadãos e levai a mensagem. A
mensagem sobre a mudança positiva que temos de realizar neste ano de 2012.
Chegou a hora, camaradas, maninhos,
irmãos e companheiros. Arregaçai as mangas e ide, porta a porta, ao encontro da
juventude; das mamas;
dos camponeses; dos funcionários
públicos; dos militares; ide ao encontro
dos policias; ide ao encontro dos agentes económicos e dos empresários e levai
a boa nova de um futuro de justiça, de igualdade de oportunidades, de progresso
e de liberdade, apelando - os que votem na CASA nas próximas eleições.
Caríssimas irmãs, caríssimos
irmãos. Chegou a hora! Desçam dos saltos altos e tirem as gravatas. Ide ao encontro dos desalentados; dos desesperados; dos entristecidos; ide ao encontro dos
empobrecidos; ide ao encontro dos carenciados, que no conjunto, são a maioria
deste povo que sofre sem emprego, sem água, sem energia, sem educação, sem saúde,
sem saneamento básico, para não
falar de todo o resto que tanta falta faz. Levai para todos eles o
sentimento de esperança, e mobilizem –
nos para que votem na CASA nas próximas eleições.
Pormenor da sala, durante a sessão de encerramento |
Angolanas e angolanos, chegou a
hora. Decididamente avançai, ao encontro dos actuais governantes e dos
poderosos. Para eles, levai a boa nova. Uma palavra. Um compromisso
com garantias de um futuro tranquilo e de irmandade. Para todos nós só o futuro
deve contar.
O futuro positivo que a CASA propõe
a todos os angolanos, está alicerçado na
compreensão, no perdão, na irmandade, e numa vivência de previsibilidade e
tranquilidade.
Minhas irmãs, meus irmãos.
Angolanos.
Tenho muita fé que as angolanas e os angolanos anónimos, que
pelo País adentro, serão os verdadeiros mensageiros da boa nova que a nossa
CASA comum representa para o futuro do nosso País.
As eleições serão já amanhã.
Setembro já é amanhã. Não há tempo a perder. Não há energias a desperdiçar. O
trabalho será árduo mas o resultado será gratificante. Tal como aconteceu no País
africano irmão - Senegal, em Setembro
será em Angola.
TUDO POR ANGOLA …. UMA ANGOLA PARA TODOS!
O DIA CHEGOU E A AURORA VAI RAIAR!
A HORA DE ANGOLA CHEGOU!
QUE DEUS ABENÇÔE A NOSSA CASA, AS NOSSAS CASAS E O NOSSO
PAÍS, ANGOLA.
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